O Ibovespa caiu 1,18% nesta quarta-feira (9), fechando a 129.926,06 pontos, abaixo dos 130 mil, em resposta à piora da inflação e à queda acentuada das commodities, como petróleo e minério de ferro. O dólar à vista subiu 1%, refletindo a valorização da moeda americana no exterior e preocupações relacionadas à China.
O IPCA, divulgado hoje, reverteu a deflação de agosto, com alta de 0,44%, ligeiramente abaixo da expectativa de 0,46%. Comparado ao mês anterior, houve uma variação negativa de 0,02%. A ata do Fed indicou uma desaceleração da economia dos EUA, elevando preocupações sobre o desemprego, segundo Felipe Castro, especialista da Matriz Capital.
As altas e baixas do Ibovespa
As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) subiram 3,67%, contrariando a tendência das varejistas, enquanto a Usiminas (USIM3) avançou 3,55%, impulsionada pela confiança do Morgan Stanley, apesar da queda do minério de ferro. A Embraer (EMBR3) também teve leve alta de 0,11%, acumulando um crescimento de 175% em 12 meses.
Por outro lado, Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) sofreram quedas significativas, de 6,34% e 6,45%, respectivamente, devido a resultados fracos e à concorrência de apostas. As mineradoras e petroleiras também foram afetadas, com CSN Mineração (CMIN3) e Vale (VALE3) caindo 2,48% e 0,26%. As petrolíferas, incluindo Petrobras (PETR4), PetroRecôncavo (RECV3) e Brava Energia (BRAV3), registraram quedas de 1,01%, 2,75% e 0,89%.
Até onde índice pode cair
Após quase perder os 130 mil pontos, analistas gráficos do Itaú BBA preveem que o Ibovespa entrará em tendência de baixa no curto prazo, com suportes em 128.400 e 123.000 pontos. Para uma recuperação, o índice precisa fechar acima de 134.000 pontos, visando 135.900 e 137.469 pontos. O Ibovespa enfrenta dificuldades em definir uma tendência clara, e a recuperação dos mercados americanos pode ser um fator positivo para o desempenho local.
Comments